quarta-feira, outubro 08, 2008
sexta-feira, julho 11, 2008
Quase um ciclo
Incessante roda do dia que cega e faz a vida correr ainda mais. Quisera saber para onde vai.
Ouvindo: Eels - All in a day´s work.
Ouvindo: Eels - All in a day´s work.
quinta-feira, julho 03, 2008
Catártico
Como eu era pedante em achar que sabia alguma coisa. Empinava o nariz e me acha "o". Mas a vida vai nos ensinando o enrosco que é isso tudo.
O mundo era tão orgânico quando eu era criança. Tudo se encaixava, tudo era funcional e conseqüente. O que não era imediato estava suportado por uns blocos gigantes aparentemente sólidos. Quanto mais eu me sedimentava ali, mais seguro eu me sentia.
No entanto, eu percebi que a robustez daquele monte de tijolos não era verdadeira. Era areia pura. Simples forma e nenhuma liga. Fato é que eu empreendi uma destruição incessante de tudo aquilo. Acabei com os jardins da estância, matei minha professora de religião, aniquilei o discurso da minha avó, abati meus "amigos" de infância, desnudei o padre e revirei todas as folhas dos meus escritos.
Era tão mais fácil encontrar um sentido porque o sentido era tão espetacular quanto as razões que o justificavam. Tudo o que não era sólido desmanchou-se no ar...
O paradoxal é que, apesar da confusão, agora tudo é mais claro. Sim, agora tudo é mais fácil de não entender.
Ouvindo: Sweet Caroline - Neil Diamond.
O mundo era tão orgânico quando eu era criança. Tudo se encaixava, tudo era funcional e conseqüente. O que não era imediato estava suportado por uns blocos gigantes aparentemente sólidos. Quanto mais eu me sedimentava ali, mais seguro eu me sentia.
No entanto, eu percebi que a robustez daquele monte de tijolos não era verdadeira. Era areia pura. Simples forma e nenhuma liga. Fato é que eu empreendi uma destruição incessante de tudo aquilo. Acabei com os jardins da estância, matei minha professora de religião, aniquilei o discurso da minha avó, abati meus "amigos" de infância, desnudei o padre e revirei todas as folhas dos meus escritos.
Era tão mais fácil encontrar um sentido porque o sentido era tão espetacular quanto as razões que o justificavam. Tudo o que não era sólido desmanchou-se no ar...
O paradoxal é que, apesar da confusão, agora tudo é mais claro. Sim, agora tudo é mais fácil de não entender.
Ouvindo: Sweet Caroline - Neil Diamond.
segunda-feira, junho 30, 2008
domingo, maio 18, 2008
quinta-feira, maio 08, 2008
Grow and Grow
Eu quero tanto transformar algumas das minhas idéias em filme... Mas não sei o que me falta. Nem sei se me falta alguma coisa.
E ouvindo Sufjan Stevens, eu me lembro de tudo aquilo que povoava os meus sonhos.
Andiamo!
Ouvindo: Concerning the UFO Sighting Near Highland, Illinois
E ouvindo Sufjan Stevens, eu me lembro de tudo aquilo que povoava os meus sonhos.
Andiamo!
Ouvindo: Concerning the UFO Sighting Near Highland, Illinois
terça-feira, maio 06, 2008
domingo, maio 04, 2008
Arauto Lorquiano - Expressão 2
Atenção! No seu rastro de fogo, rasga o solo. Chega, e sob o som de um violino, anuncia a roda do mundo, a roda do mar.
Bravo! Bravo pour le clown!
Bravo! Bravo pour le clown!
segunda-feira, abril 28, 2008
Desabafo
Odeio a "esquematização simplificadora" do Marketing. A sua prepotência ao achar que pode resolver todos os problemas do mundo. A sua ignorância ao tentar resumir em "setas" aquilo que demorou séculos pra se desenrolar na história.
Palla!
Palla!
Arauto Lorquiano - Expressão 1
Um menino vem aí.
No onírico, vai construindo com seus empíricos elementos um mundo que, apesar de a priori desconexo, revela-se densamente semiótico. Os "mares e montes de carvão" estão ficando cada vez mais visíveis e os "lagartos", cada vez mais próximos.
Gata!
Ouvindo: Politik - Coldplay
No onírico, vai construindo com seus empíricos elementos um mundo que, apesar de a priori desconexo, revela-se densamente semiótico. Os "mares e montes de carvão" estão ficando cada vez mais visíveis e os "lagartos", cada vez mais próximos.
Gata!
Ouvindo: Politik - Coldplay
quinta-feira, abril 24, 2008
Boa sorte
Repito a frase emprestada pelo Mozart e dita no dia 16 de setembro do ano passado:
Quid sum miser tunc dicturus?
Quid sum miser tunc dicturus?
segunda-feira, abril 21, 2008
quinta-feira, abril 03, 2008
Uma ciranda bestial
Ratos. De um bueiro a outro, eles correm famintos, esperando conseguir saciedade para uma fome falsa. Não é simplesmente uma questão de gosto ou desgosto, de preferência ou repulsão. Estão anestesiados pelo narcótico verde.
Santo narcótico! Milagroso narcótico! Tão eficiente que aliena, cega, engana e corrompe: tudo numa arquitetura perfeita. E ninguém nem percebe; só alguns, que logo, e num ímpeto insensato, são chamados de “loucos”.
Eu adoro os loucos. Adoro a sua gana de ação. A sua hexis barata. A sua ousadia.
Eu sou louco. Sempre fui louco. Sempre me dei bem com loucos e atraí pessoas com uma dose privilegiada de loucura. O mundo já é muito desencantado para fazermos dele um lugar ainda mais patético.
E eu quero continuar sendo louco. Quero sobrepor o comum, transgredir o código, revisar a convenção e questionar o inquestionável. Eu quero ser um louco.
Ouvindo: "Purple Haze", com Jimi Hendrix
Santo narcótico! Milagroso narcótico! Tão eficiente que aliena, cega, engana e corrompe: tudo numa arquitetura perfeita. E ninguém nem percebe; só alguns, que logo, e num ímpeto insensato, são chamados de “loucos”.
Eu adoro os loucos. Adoro a sua gana de ação. A sua hexis barata. A sua ousadia.
Eu sou louco. Sempre fui louco. Sempre me dei bem com loucos e atraí pessoas com uma dose privilegiada de loucura. O mundo já é muito desencantado para fazermos dele um lugar ainda mais patético.
E eu quero continuar sendo louco. Quero sobrepor o comum, transgredir o código, revisar a convenção e questionar o inquestionável. Eu quero ser um louco.
Ouvindo: "Purple Haze", com Jimi Hendrix
sexta-feira, março 21, 2008
Canis lupus
E de manhã, logo que eu avistei o Sol, me inundou. Aquece e ampara. Pra mim, a perfeição.

segunda-feira, março 10, 2008
Claustro
De repente, o vento entrou tímido e me disse: Avança, avança que é teu!
E desfruta...
Tudo azul... A-zul... A-zul... A-zul...
E desfruta...
Tudo azul... A-zul... A-zul... A-zul...
quarta-feira, março 05, 2008
The Trial
Il fiume dei ricordi
Il gretto del passato
Sta ritornando da me
Sta rivivendo per te
Ma dove ti troveró
Se tu non vuoi?
Amore perduto

segunda-feira, março 03, 2008
domingo, março 02, 2008
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Gil 67 [Mutantes]
Em homenagem à coreografia mais linda de "Prepare o seu coração".
http://youtube.com/watch?v=Zbv3M-AdxC0
http://youtube.com/watch?v=Zbv3M-AdxC0
domingo, fevereiro 17, 2008
!! Weltanschauungen .:
Ao percorrer os verdes caminhos, já há muito conhecidos pelos que me precederam, eu contemplava com muita precisão cada extremo daquele conglomerado. Porque o meu mundo ainda era muito pequeno para conseguir ver algo além dos portões daquela escola.
Eu não queria sair de lá. Lembro-me de que eu não queria sair de lá. Os anos acabavam e tudo aquilo se tornava ainda mais precioso. As aulas passaram a ficar cada vez mais curtas e, no caminho para a casa, eu refletia sobre o cosmos que até ali me constituía.
Por que tantas transformações? Por que diabos tudo está tão exíguo? Por que aquele universo não é mais o meu? Fui destituído do meu papel, abdiquei do meu próprio eu e depois, como se nada tivesse acontecido, sentaram na minha cadeira, roubaram os meus professores, ocuparam o meu palco e viveram... Simplesmente viveram. Como todos.
E tudo foi tão rápido! As coisas vão se complicando, as dúvidas vão ficando cada vez mais angustiantes e as horas vão se acabando... A inexorabilidade com que o tempo se mata é tão cruel quanto ele próprio, que, em vingança, pune - de forma seca e dolorosa - o "ser", tranformando-o em simples lembranças.
Os sonhos eram fantásticos demais. E era por isso que tudo se tornava tão significativo. Na sua mínima condição de ser.
Eu não queria sair de lá. Lembro-me de que eu não queria sair de lá. Os anos acabavam e tudo aquilo se tornava ainda mais precioso. As aulas passaram a ficar cada vez mais curtas e, no caminho para a casa, eu refletia sobre o cosmos que até ali me constituía.
Por que tantas transformações? Por que diabos tudo está tão exíguo? Por que aquele universo não é mais o meu? Fui destituído do meu papel, abdiquei do meu próprio eu e depois, como se nada tivesse acontecido, sentaram na minha cadeira, roubaram os meus professores, ocuparam o meu palco e viveram... Simplesmente viveram. Como todos.
E tudo foi tão rápido! As coisas vão se complicando, as dúvidas vão ficando cada vez mais angustiantes e as horas vão se acabando... A inexorabilidade com que o tempo se mata é tão cruel quanto ele próprio, que, em vingança, pune - de forma seca e dolorosa - o "ser", tranformando-o em simples lembranças.
Os sonhos eram fantásticos demais. E era por isso que tudo se tornava tão significativo. Na sua mínima condição de ser.
Ouvindo: Vision Valley - The Vines
quarta-feira, fevereiro 13, 2008
1,59´s
La bohème, la bohème

On était jeunes, on était fous
La bohème, la bohème
Ça ne veut plus rien dire du tout!
La bohème - Aznavour

terça-feira, fevereiro 12, 2008
Inserção
Esse blog tem estado tão morno... E eu odeio isso. Odeio porque adoro postar, mas só tenho conseguido esses rasos textos que tenho aqui pingado.
Acho que essas seis horas não estão me fazendo muito bem...
O pior é que eu já sabia desse resultado.
Mas o caos do primeiro post ainda se manifesta. Preciso mergulhar de novo.
Acho que essas seis horas não estão me fazendo muito bem...
O pior é que eu já sabia desse resultado.
Mas o caos do primeiro post ainda se manifesta. Preciso mergulhar de novo.
domingo, fevereiro 10, 2008
Universal
Não sei quando o melhor caminho será descoberto... Tudo que sei é que ele existe e que devo encontrá-lo logo... LOGO!
Ouvindo: My Sweet Prince - Placebo.
Ouvindo: My Sweet Prince - Placebo.
segunda-feira, fevereiro 04, 2008
Terra do Iguatemi
Boca do lixo, barbárie anunciada, inferninhos alucinógenos, diversidade inveterada! Quanta perdição!
Por que eu gosto tanto dessa cidade? Desse mundo poluído que me faz tão bem?
Há três anos nunca imaginaria que esse platô, cénário das mais distintas histórias, fosse me reservar tanta coisa... E guardar tanto pra mim!
O anonimato de metrópole a torna ainda mais minha! E eu me sinto muito mais seu do que milhões de paulistanos legítimos...
Legítimos que nada! Legítimo paulistano sou eu, que amo esse lugar, sinto esse lugar e respiro isso daqui!
Em São Paulo, você tem essa possibilidade: vive 20 anos em 10, 50 anos em 30, e "se pá", pega a nova onda e começa tudo outra vez.
E eu adoro ficar contemplando a sua linda noite, ouvindo uma melodia que só os ruídos de uma cidade tão peculiar como essa poderiam arquitetar...
"Chá"- 13/04/07
Ouvindo: You really got me - Kinks
sábado, fevereiro 02, 2008
Miosina
Os troféus ocultam-se nas sombras que serviram de abrigo a muitos que, com o mesmo fetichismo, seduziam os sedentos por alguma pílula de prazer.
E tudo permanece...
E tudo permanece...
sexta-feira, janeiro 25, 2008
Persona
Antro de corvos sangrentos...
O que os faz pensarem em alguma espécie de superioridade? Que pedantismo mais idiota!
Esquecem (ou nunca refletiram sobre) a fragilidade da existência e atribuem à vida um caráter tão "permanente"...
Não sei se sinto ódio ou pena... Pena pela cegueira que os acomete! Que coitados!
Deveriam pensar, ou pelo menos saber, que os mesmos vermes que roem as carnes sujas e mal-pagas dos peões roerão, com a mesma sanha, as suas amanhã!
Ces't la vie!
O que os faz pensarem em alguma espécie de superioridade? Que pedantismo mais idiota!
Esquecem (ou nunca refletiram sobre) a fragilidade da existência e atribuem à vida um caráter tão "permanente"...
Não sei se sinto ódio ou pena... Pena pela cegueira que os acomete! Que coitados!
Deveriam pensar, ou pelo menos saber, que os mesmos vermes que roem as carnes sujas e mal-pagas dos peões roerão, com a mesma sanha, as suas amanhã!
Ces't la vie!
quinta-feira, janeiro 10, 2008
Tantra
Gosto dos ruídos da noite... Eu adoro esse silêncio que mascara o barulho dos carros ao longe. E quando eu ficava sentado naquela varanda, sentindo aquela brisa, tentando imaginar o que havia por traz daquela mata, eu olhava para a Lua com a mesma incerteza, com a mesma fascinação de hoje.
Eu podia ficar a noite inteira apreciando a noite. Porque é a noite que coroa, é a noite que delibera, é a noite que faz o dia valer a pena. E eu sou absolutamente noturno...
Ouvindo: Noturno Op. 55 No. 1
Eu podia ficar a noite inteira apreciando a noite. Porque é a noite que coroa, é a noite que delibera, é a noite que faz o dia valer a pena. E eu sou absolutamente noturno...
Ouvindo: Noturno Op. 55 No. 1
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