segunda-feira, julho 30, 2007

Palomita blanca

Aquela flor abandonada no chão, minguando alguma atenção, foi mais do que simbólica pra mim.

Apesar de todas as desavenças, apesar dos maus momentos, apesar das poucas vezes que nos vimos...

Eu senti... Eu senti uma intensa pena... Ali, diante de mim, refém de todos os olhares...
Ostentou tanto e vai com tão pouco... Modestamente.

O mais triste foi perceber que muitos se encerravam naquele espaço muito mais por obrigação do que por vontade própria. Assuntos dos mais variados, algumas risadas, comentários: tudo menos algo sobre a causa que ali os prendia.

Algumas lágrimas, poucas. Poucas lágrimas insistiam em tocar, resistidamente, os rostos infelizes... Infelizes, mas não tristes.

Eu senti uma intensa pena daquela flor. Naquela tarde gelada, daquela cidadezinha exígua, os rostos pendiam confusos, num sentimento extremamente ambíguo... Ambíguo como ele.

Muito triste ir assim...



Me lembrei da versão do Caetano, em "Fale com Ela": Cucurrucucu Paloma.

3 comentários:

Guilherme Genestreti disse...

O Rido, eu sei exatamente como se sente! Essa sensação desagradável de querer expressar alguma coisa mas não haver palavras razoáveis para isso... Você sabe que tem meu apoio, amigo!
Abração!

Unknown disse...

Viver é mais que arrastar a existência ao longo dos dias. A gente marca os que estão à nossa volta com cada uma de nossas ações. Viver parece não requerer nenhuma habilidade, mas exige muita competência. Competência essa que às vezes é difícil de absorver, pois há os nossos vícios... mas não nos esqueçamos das virtudes. Mesmo que não as tenham deixado conhecer.

Daniela Yoko Taminato disse...

Ai Eliii

É a Dani... tava logada na conta da minha irmã! Sorry!