Eu não queria sair de lá. Lembro-me de que eu não queria sair de lá. Os anos acabavam e tudo aquilo se tornava ainda mais precioso. As aulas passaram a ficar cada vez mais curtas e, no caminho para a casa, eu refletia sobre o cosmos que até ali me constituía.
Por que tantas transformações? Por que diabos tudo está tão exíguo? Por que aquele universo não é mais o meu? Fui destituído do meu papel, abdiquei do meu próprio eu e depois, como se nada tivesse acontecido, sentaram na minha cadeira, roubaram os meus professores, ocuparam o meu palco e viveram... Simplesmente viveram. Como todos.
E tudo foi tão rápido! As coisas vão se complicando, as dúvidas vão ficando cada vez mais angustiantes e as horas vão se acabando... A inexorabilidade com que o tempo se mata é tão cruel quanto ele próprio, que, em vingança, pune - de forma seca e dolorosa - o "ser", tranformando-o em simples lembranças.
Os sonhos eram fantásticos demais. E era por isso que tudo se tornava tão significativo. Na sua mínima condição de ser.
Ouvindo: Vision Valley - The Vines
2 comentários:
É... o tempo vai passando e percebo que há tantas coisas pra conquistar ainda...
Te Amo!!!!
P.S. apareça no meu....
sabe que eu te amo, né?
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