domingo, setembro 30, 2007

Off

Sem concentração para postar algo mais aprofundado. Só aviso que passarei um tempo sem postar constantemente. Não sei quanto tempo a tempestade vai durar. Só espero sair vivo dela. Até!

E quando voltar mesmo, quero fazer um megapost! Prometo!

domingo, setembro 23, 2007

Break

Eu não gosto de ficar tanto tempo sem postar. Dá uma ar de abandono, ou ainda uma impressão de que o blog é algo sem importância, sem prioridade. Eu gostaria de poder postar todos os dias. Todos os dias queria ter tempo pra escrever longos textos, com longas discussões ou só baboseiras mesmo.

Tô sem tempo pra tudo. Sei lá por que razão. Tento fazer várias coisas ao mesmo tempo e acabou por não conseguir completar nenhuma delas. Acho que é pela minha falta de concentração, que atrapalha as minhas atividades tanto na escola quanto em coisas do estágio e do próprio teatro.

Queria voltar àquele ritmo de antes. Àquela época em que eu ficava bem em casa, em que esse espaço ainda apresentava aguma coisa de agradável. Odeio ficar reclamando disso. Mas enfim...

Primavera

A garganta já começa a dar sinais de tempo gelado. E na insconstância entre frio e calor, essa tosse maldita não cessa! Quem sabe aos 10 graus essa porra não vai embora!

Quando o clima era frio, ficava bem no calor. Agora, que o clima é quente, fico melhor em temperaturas amenas. Bizarro...

terça-feira, setembro 18, 2007

Parra

"Volver a los 17... Después de vivir un siglo... Es como descifrar signos... sin ser sabio competente... Volver a ser de repente... Tan frágil como un segundo... Volver al sentir profundo... Como un niño frente a Dios... Eso es lo que siento yo... En este instante fecundo...

De par en par la ventana... Se abrió como por encanto... Entró el amor con su manto... Como una tibia mañana... Al son de su bella diana... Hizo brotar el jazmín... Volando cual serafín... Al cielo le puso aretes... Y mis años en 17... Los convirtió el querubín"

Volver a los 17

Na voz do catalão Joan Manuel Serrat (pérola)

Drástico

De ingênuo para experiente... De sincero para cínico... De romântico para pragmático... De comedido para audaz...

DE GEORGE PARA OBERON...

domingo, setembro 16, 2007

Quid sum miser tunc dicturus?

Não sou platônico, mas se a dualidade Alma X Corpo fizer algum sentido, esse vai estar com certeza ligado á idéia de que o corpo é realmente uma prisão. Uma prisão inexorável. O preço da desgraçada liberdade que o ignorante e primitivo ser humano acredita ser de valor inestimável.

Essa paradoxal liberdade faz do ser humano um "indivíduo", na mais crua acepção do termo. O "único", com a solidão como condição da sua própria existência. O indivíduo é livre. Mas esse "livre-arbítrio", como tudo no mundo, cobra um preço, muito alto na minha concepção, o preço do isolamento.

Essa solidão inexorável me apavora... Ainda mais em todo esse caos.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Cogito

Pensava: que covarde é o homem ao criar Deus...

Ouvindo: Stairway to Heaven - Led.

quarta-feira, setembro 12, 2007

Chimera

Batte già... L’orologio le tre... Senza te, senza me... Che si fa... Quando il sonno non c’è... Si può piangere... E sento sul cuscino... Il cuore mio che batte... E disperatamente chiama te...

Gianni Morandi.

A ironia do inconciliável

Por que as tardes lá na escola, principalmente quando o céu estava bem cinzento, eram tão especiais? Tão boas de serem sentidas?

Acho que todas as minhas neuroses com notas e bom corportamento convertiam-se em satisfação quando aquele ambiente de tensão e, por que não medo, era coroado por uma tarde de iminência de chuva, tarde escura, com nuvens bastante hostis e que prometiam arrasar mais um início de noite...

Quando eu saía da sala, ocasionalmente permitido, me permitia descer à pré-escola. Esperava a aula de ensino religioso e então dizia que não passava muito bem. A professora, para o nosso total espanto, convidava-me a sair da sala para "tomar um ar".

Adorava aquele momento de glória que, por tão curto, tornava-se extremanente bom. A Escola é grande e eu passeava pelos jardins, burlando a aula de religião da professora prestativa. Descia e ia "dar um oi" a minha mãe, que já esperava meu irmão na saída, no mesmo lugar onde chorei várias vezes esperando ela, que não precisava se atrasar muitos minutos para eu pensar que nunca mais iria me buscar.

Na biblioteca, eu sei lá porque adorava sentir aquele cheiro de antigo. Aquela atmosfera de mofo, tradicional, estanque, rígida... Regras e mais regras. Como eu tinha medo de regras! E como quis segui-las com tanto desespero! "Ciência, Trabalho e Oração": essa era a bandeira.

Mas apesar de tudo isso, eu acho que ali vivi alguns dos melhores anos da minha vida. Minha única escola. 15 anos de vida. A disciplina intransigente, o código de conduta lido e relido pelos professores, as aulas de artes industriais, a música clássica nos intervalos das aulas... Tudo isso me vem à memória de uma forma tão clara...

Havia um medo, mas havia também um prazer tão grande quando ele era suplantado. Um prazer tão desejável que uma tarde cinzenta podia significar um belo fim de dia. E eu duvido que o tempo passava com a mesma velocidade de hoje. Duvido!


Ouvindo: Luna Marinara - Pavarotti

terça-feira, setembro 11, 2007

Aaaaaargh !!!

Odeio os lugares que vendem pizzas doces! Onde se viu colocar brigadeiro e banana numa pizza! Vai se foder!

Ridículo! Odeio!

Colméias proletárias

Tava pensando esses dias. Esses conjuntos residencias de mil apartamentos são na verdade caixas humanas, espaços mínimos, tanto no tamanho quanto na variedade de atributos, onde as famílias se acomodam apertadamente, buscando um lugar onde possam exercer o mínimo de privacidade a que ainda lhes restam.

Isso é desesperador. O mais irônico é que a maioria nem vive ali; só se mantém viva ali. Tudo para continuar a movimentar o circuito. Como Marx foi sábio ao detectar o poder alienante da ideologia capitalista...

Incoerência

Que medo de tudo! Que insegurança! Parece que acabei de aprender a contar dinheiro sozinho e já tenho esse mundo de responsabilidades!

Essa "liberdade" às vezes é um saco!

Ouvindo: Exitlude - The Killers

quarta-feira, setembro 05, 2007

The Sound of Silence

1990; Escola Profissional Dom Bosco; Tia Rose; Aula de iniciação musical; Prédio das Artes Industriais. Ainda sem ego.

In restless dreams I walked alone
Narrow streets of cobblestone
Beneath the halo of a street lamp
I turned my collar to the cold and damp
When my eyes were stabbed
By the flash of a neon light
That split the night
And touched the sound of silence

Simon and Garfunkel

Quando eu ainda não sabia ouvir...

domingo, setembro 02, 2007

Fumando espero,

Transformar uma tradicional comédia de Shakespeare em algo contemporâneo, numa realidade nebulosa e degradante?

Desafiador. Ainda mais conservando um texto que, por mais que tenha sido adaptado, guarda trechos e expressões bastante singulares, frutos de um outro contexto e um modo distinto de conceber esse mundo.

Mas é nessa dificuldade que está o encanto: o que nos permite ultrapassar as fronteiras de um texto cheio de amarras é a mesma liberdade que temos para sonhar, sonhar bem alto e construir personagens originais, sem que percam a graça que os faz interessantes.

Oberon é rei. Rei do mundo das fadas. E é nesse universo que eu vou mergulhar bem fundo em busca de algo inovador, um perfil que contemple o seu estilo “boca do lixo” sem cair no convencional e, principalmente, diferente das figuras navalhescas.

No mundo dos espíritos, Oberon vive uma relação conflituosa com Titânia, rainha das “moças de vida suspeita”. Alicia Puck, um jovem da rua, sem dinheiro, sem casa, sem rumo. Mas Oberon o sustenta e nele o menino deposita a minguada confiança que pôde conquistar nesse mundo que só lhe reserva um punhado de porradas.

Só quero que esse vilão não seja uma simples vítima da sua tirania. Que ele consiga ir muito além disso.