Uma camada sobrevive alienada sem ter ciência da sua alienação.
A outra camada se utiliza de todos os instrumentos possíveis para a manutenção do status quo, ou seja, faz de tudo pra que ela continue alienada.
Por quê?
Porque se a iluminação viesse à cada uma dessas cabeças oprimidas, elas enxergariam a falta de sentido de suas vidas e, com certeza, poderiam desejar a morte.
Mas a sua morte seria também a morte da dominação. O corolário disso tudo: o fim da camada que domina.
A diferença: essa camada está ciente do perigo.
A ameaça: a cultura.
Portanto: pra que democrátizá-la?
É possível sair do círculo vicioso. É possível, mas é dificíl.
Mas é possível.
Essas são reflexões de um sábado à noite, depois de uma peça instigante, áspera e suja de realidade.
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Um comentário:
Nossa, Rido! Um dos melhores textos que eu já vi aqui! Sucinto e preciso como poucos conseguiriam! Já começa pelo título e remete a uma constatação sociológica tão pertinente: de que a cultura pode realmente modificar o status quo. É como a peça que te comove e inspira a mudança na sociedade. Perfeito!
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